Em Faro mais de 300 professores
que estavam inscritos para realizar hoje a Prova de Avaliação de Capacidade e Conhecimentos
(PACC), não a fizeram por falta de condições, segundo uma fonte do Sindicato de
Professores do Sul. Na Pinheiro e Rosa, em Faro, foram os próprios professores
que iam ser submetidos à dita prova que se revoltaram, havendo no entanto
muitos professores vigilantes que se encontravam em greve. Quer dentro quer
fora das salas designadas para os exames, “houve
protesto, houve revolta e houve a solicitação de não realizar a prova e foi
isso que aconteceu”, disse Ana Simões dirigente daquele Sindicato em
declarações à Lusa. Acrescentou ainda que dos 317 professores inscritos para a
PACC em Faro, nenhum fez o exame por falta de condições. Em Portimão eram 153 e
o resultado foi o mesmo. A união foi total, apesar de muito poucos não terem
aderido à greve, mas quando passou a palavra de ordem de “não à prova” mesmo
esses aderiram e mostraram a sua indignação e revolta.
O PCTP/MRPP no Algarve
solidariza-se com a justa luta dos professores, contra um governo e uma
política de opressão e miséria para todo o povo português. Ao obrigar os
professores que já exercem a profissão há alguns anos, professores que tiveram
aproveitamento, muitos deles em cursos ministrados em Universidades públicas,
está a pôr em causa o próprio ensino público de que o Governo deveria ser o
principal defensor.
O governo vem agora tentar impor
uma nova data, mas a resposta dos professores deve ser a mesma, recusa pura e
simples de realização de um exame que apenas serve para justificar um
despedimento colectivo depois dos milhares de professores que este ano já
ficaram sem poderem exercer a profissão.
Só com o derrube inexorável deste
governo fascista e de fascistas e a instauração de um Governo Democrático
Patriótico, será possível os professores e todos os outros Trabalhadores
Portugueses, obterem vitórias.